A secretária de Saúde, Arita Bergmann, e equipe, estiveram reunidas no início da tarde de sexta-feira (24) no gabinete da gestora, na sede da Secretaria, com integrantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES) das coordenadorias de Saúde da Criança e do Adolescente e Saúde da Mulher e da Auditoria Médica do Estado, que prestaram apoio esclarecendo o que Pelotas ainda precisa fazer para potencializar a rede e ter acesso a novos recursos de custeio previstos pelo programa Rede Cegonha, uma vez que o município e região sul já estão com o processo de habilitação encaminhado, em Brasília.

Denise Magalhães, da Auditoria Médica do Estado do Rio Grande do Sul, disse que os recursos que vieram do Ministério da Saúde para esta área dependem da habilitação dos municípios para serem liberados. “Esta reunião foi muito produtiva e tranquilizadora. Temos a rede montada e o compromisso de fazer as adequações necessárias. Queremos ser a segunda região do Estado a receber recursos do Rede Cegonha”, declarou a secretária Arita.

O Hospital Escola da Fundação de Apoio Universitário (FAU/UFPel) aumentará a quantidade de leitos nas UTIs pediátrica e neonatal dos atuais nove para 20. “Temos os recursos, o projeto pronto e agora estamos na fase licitatória, para contratação da empresa que executará as adequações no espaço físico”, informou Maria Cristina Soares, assessora jurídica da FAU/UFPel. No Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP/UCPel), a situação é semelhante. “Estamos reformando a área física com recursos do Estado para adequação dos leitos, a fim de disponibilizar de dez leitos neonatais e outros dez pediátricos”, disse a chefe de UTIs neonatais e pediátricas do HUSFP/UCPel, Márcia Andersson. “A estimativa é de que esteja tudo pronto até novembro para termos os novos leitos em funcionamento ainda em dezembro”, ponderou a secretária Arita.

Eleonora Walcher, coordenadora da Seção de Saúde da Criança e do Adolescente (SES), veio a Pelotas para discutir com a 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e municípios a reorganização da rede de cuidados intensivos, sobretudo referente aos leitos de UTI adulta e pediátrico e neonatais. “O objetivo é qualificar a atenção à gestante e ao recém-nascido e aos pacientes adultos e pediátricos nas urgências, visando a habilitação para o recebimento de recursos estaduais e federais, relativos às novas portarias”, explicou. “Ouvimos muitas queixas do tipo: eu ligo, ligo e nunca tem leito. A Rede Cegonha vem para organizar o sistema, para evitar que isso ocorra”. Eleonora ponderou sobre a necessidade de uma mesa única de regulação de leitos de alta complexidade, a fim de haver um controle maior sobre a disponibilidade destes leitos e evitar que pacientes sejam enviados a municípios mais distantes, sem necessidade.

Nadiane Lemos, coordenadora adjunta da Saúde da Mulher no Estado, propôs que a regional, encabeçada por Pelotas, passe a pensar na regulação compartilhada de gestantes. “Com toda esta organização vamos evitar o transporte desnecessário de gestantes e bebês para fora de Pelotas. Afinal o melhor transporte é a barriga da mãe”, ponderou Mário Luz, gerente operacional do Hospital Escola da FAU/UFPel.

Também participaram da reunião Ana Costa, da Gerência de Programas da SMS, Rosângela Soares, da Regulação de Leitos Pediátricos (SMS), Patrícia Guerreiro, superintendente de Gestões e Planejamento (SMS), entre outros.

Fonte: Prefeitura Municipal de Pelotas