Na tarde desta sexta-feira (27), o prefeito Adolfo Antonio Fetter esteve reunido com dezenas de diretores de escolas municipais, no auditório interno da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (SMCas).

Na ocasião, explanou, mais uma vez, sobre a situação financeira da Prefeitura, a proposta do Plano de Carreira do Magistério e esclareceu dúvidas dos educadores, que tiveram oportunidade de se manifestar e fazer perguntas.

O encontro foi solicitado pelos diretores, por intermédio do secretário interino de Educação e Desporto, Neiff Satte Alam, que esteve presente na reunião junto ao secretário de governo, Abel Dourado. Esta foi a segunda reunião do chefe do Executivo com os diretores de escolas – no dia anterior (26), o prefeito já os havia recebido, no salão nobre do Paço Municipal.

“Eu não estou aqui para negociar nada. Estou aqui para esclarecer dúvidas sobre tudo o que foi proposto”, salientou o prefeito e, mais uma vez enfatizou que aquelas escolas que retomarem as aulas até a quarta-feira que vem, dia 2, não terão o ponto cortado. As demais deverão apresentar listas nominais dos professores parados.

Ao longo de mais de três horas e meia, Fetter explanou sobre a situação financeira da Prefeitura da cidade de Pelotas, relembrou que 2012 é um ano de orçamento baixo e salientou que a proposta da Administração “é boa, é honesta e é o possível”, uma vez que beira o limite do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), devido ao “efeito cascata” – já que os 4,53% propostos de reajuste salarial resultariam em um aumento global de 11% na fola de pagamento do Município, que é o dobro do índice inflacional estimado para 2012.

Questionado por uma educadora sobre por que a Prefeitura não teria tentado conseguir recursos extras com o governo federal, que possibilitariam conceder um aumento salarial maior aos professores, Fetter explicou que isso foi feito, em 2009 – com base em um levantamento realizado pela Azonasul, que indicava quanto cada município da Zona Sul precisaria receber, a mais, para atingir o piso nacional – mas a resposta foi negativa.

“O Ministério da Educação (MEC) criou regras que impossibilitam a grande maioria dos municípios de conseguir qualquer auxílio, como por exemplo, que tenham metade da população rural. Com isso, apenas 128 dos 5.700 municípios de todo País receberam recursos extras.

Se Pelotas não recebe ajuda do governo federal, não foi por falta de empenho e de tentativa por parte da Administração”, ponderou o prefeito.

Ainda que as propostas dos novos Planos de Carreira do Quadro Geral e do Magistério tenham sido, em um primeiro momento, rejeitadas pela Câmara de Vereadores, Fetter ressaltou que a Prefeitura está aberta a correções de erros que, por ventura, tenham ocorrido nos cálculos.

“Esta administração sempre pagou os salários em dia e deu mais que a inflação. Fazemos o que é possível sem trazer danos maiores no futuro. Eu poderia conceder tudo o que estão pedindo e ficar bem com os professores, mas isso iria quebrar a Prefeitura e inviabilizar que Pelotas pudesse receber recursos do Banco Mundial, no futuro. Seria muita irresponsabilidade e eu não sou irresponsável”, disse o prefeito.

Por estar com as contas em dia e respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a Administração conseguiu cerca de R$ 200 milhões em investimentos, para Pelotas.

Fonte: Prefeitura de Pelotas